IA pode poupar paciente com câncer de mama de tratamento inútil, diz estudo

Felipe Bonani • 5 de dezembro de 2023

Estudo foi o primeiro a usar IA para avaliação ampla de elementos cancerígenos e não cancerígenos do câncer de mama invasivo

Uma nova ferramenta de Inteligência Artificial (IA) pode tornar tratamentos contra câncer de mama mais eficientes, segundo um estudo da empresa americana de serviços médicos Northwestern Medicine, ligada à Faculdade de Medicina Feinberg da Northwestern University.


A pesquisa avaliou que essa tecnologia pode potencialmente poupar pacientes de tratamentos de quimioterapia desnecessários, usando um método mais preciso de previsão de seus resultados.


As avaliações de IA dos tecidos dos pacientes foram mais precisas na previsão do curso futuro da doença de um paciente do que as avaliações realizadas por patologistas especialistas.


A ferramenta conseguiu identificar pacientes com câncer da mama que estão atualmente classificados como de risco elevado ou intermédio, mas que se tornam sobreviventes a longo prazo.


Isso significa que a duração ou intensidade da quimioterapia pode ser reduzida. Assim, é possível poupar os pacientes, já que a quimioterapia está associada a efeitos colaterais desagradáveis e prejudiciais, como náuseas ou, mais raramente, danos ao coração.


Atualmente, os médicos avaliam as células cancerígenas no tecido de um paciente para determinar o tratamento. Mas os padrões de células não cancerígenas são muito importantes na previsão de resultados, conforme mostrou o estudo.



Estudo com IA é pioneiro

Este é o primeiro estudo a usar IA para avaliação abrangente dos elementos cancerígenos e não cancerígenos do câncer de mama invasivo.


“Nosso estudo demonstra a importância dos componentes não cancerígenos na determinação do resultado de um paciente”, disse o autor correspondente do estudo, Lee Cooper, professor associado de patologia na Faculdade de Medicina Feinberg da Northwestern University.


“A importância destes elementos era conhecida a partir de estudos biológicos, mas este conhecimento não foi efetivamente traduzido para uso clínico.” O estudo foi publicado em 27 de novembro na revista Nature Medicine.


O câncer de mama atinge cerca de 60 mil casos por ano no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia. As estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que cerca de 74 mil novos casos da doença podem surgir no país em 2023.


Nos EUA, cerca de 300.000 mulheres receberão um diagnóstico de câncer de mama invasivo em 2023. E aproximadamente uma em cada oito mulheres nos EUA receberá um diagnóstico de câncer de mama durante a vida.



Prognóstico de câncer mais preciso

Durante o diagnóstico, um patologista analisa o tecido cancerígeno para determinar o quão anormal ele parece. Este processo, conhecido como classificação, concentra-se no aparecimento de células cancerígenas, e permaneceu praticamente inalterado durante décadas.


A nota final da avaliação, determinada pelo patologista, é usada para ajudar a determinar qual tratamento o paciente receberá.


Muitos estudos sobre a biologia do câncer da mama demonstraram que as células não cancerígenas, incluindo células do sistema imunológico e células que fornecem forma e estrutura ao tecido, podem desempenhar um papel importante na sustentação ou inibição do crescimento do câncer.


Cooper e colegas construíram um modelo de IA para avaliar o tecido do câncer de mama a partir de imagens digitais que medem a aparência de todas essas células, bem como as interações entre elas.


“Esses padrões são um desafio para um patologista avaliar, pois podem ser difíceis de serem categorizados de forma confiável pelo olho humano”, disse Cooper, também membro do Robert H. Lurie Comprehensive Cancer Center da Northwestern University.


“O modelo de IA mede esses padrões e apresenta informações ao médico de uma forma que torna o processo de tomada de decisão da IA claro para o patologista.”


O sistema de IA analisa 26 propriedades diferentes do tecido mamário de uma paciente para gerar uma pontuação prognóstica geral.


O sistema também gera pontuações individuais para as células cancerígenas, imunológicas e estromais para explicar a pontuação geral ao patologista.


Por exemplo, em alguns pacientes, uma pontuação de prognóstico favorável pode ser devida às propriedades das suas células imunitárias, enquanto para outros pode ser devido às propriedades das suas células cancerígenas.

Essas informações podem ser usadas pela equipe de atendimento do paciente na criação de um plano de tratamento individualizado.


A adoção do novo modelo poderia proporcionar aos pacientes diagnosticados com câncer da mama uma estimativa mais precisa do risco associado à sua doença, capacitando-os a tomar decisões melhor informadas sobre os seus cuidados clínicos, disse Cooper.


Além disso, este modelo pode ajudar na avaliação da resposta terapêutica, permitindo que o tratamento seja escalonado ou desescalado, a depender de como a aparência microscópica do tecido muda ao longo do tempo.


Por exemplo, a ferramenta pode ser capaz de reconhecer a eficácia do sistema imunológico de um paciente no combate ao câncer durante a quimioterapia, o que poderia ser utilizado para reduzir a duração ou intensidade da quimioterapia.


“Também esperamos que este modelo possa reduzir as disparidades para os pacientes diagnosticados em ambientes comunitários”, disse Cooper.


“Esses pacientes podem não ter acesso a um patologista especializado em câncer de mama, e nosso modelo de IA poderia ajudar um patologista generalista na avaliação de câncer de mama”, afirmou.


Fonte: www.cnnbrasil.com.br


Por Felipe Bonani 27 de outubro de 2025
A tokenização de imóveis, impulsionada por uma startup inovadora, está redefinindo o acesso a investimentos e a liquidez de ativos, prometendo um salto exponencial antes mesmo da chegada da moeda digital brasileira. 
Por Felipe Bonani 24 de outubro de 2025
Decisão do Supremo Tribunal Federal (21/10/2025) garante anterioridade nonagesimal e isenta contribuintes que agiram judicialmente até novembro de 2023.
Por Felipe Bonani 22 de outubro de 2025
Descubra como cláusulas abusivas e a falta de blindagem da sua marca podem custar caro ao seu negócio.
Por Felipe Bonani 20 de outubro de 2025
A reforma tributária brasileira de 2025 não é uma mera atualização legislativa; é um terremoto que está redefinindo o tabuleiro de xadrez dos negócios. 
Por Felipe Bonani 17 de outubro de 2025
O PL 1.087/2025 pode gerar tributação anual de lucros offshore e bitributação em doações/heranças, desafiando a segurança jurídica e o Art. 155 da CF.
Por Felipe Bonani 15 de outubro de 2025
A Virada de Jogo na Tributação
Por Felipe Bonani 13 de outubro de 2025
Governo busca R$ 126 bilhões em novas receitas: prepare-se para impactos diretos no seu negócio e patrimônio.
Por Felipe Bonani 10 de outubro de 2025
Entenda como o julgamento do Tema 1348 no Supremo Tribunal Federal pode gerar uma economia fiscal massiva e segurança jurídica para empresas com imóveis no capital social. 
Por Felipe Bonani 8 de outubro de 2025
No complexo tabuleiro tributário brasileiro, cada movimento do judiciário pode gerar um efeito cascata com impacto direto no caixa das empresas. Em 8 de outubro de 2025, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) fará um desses movimentos cruciais, ao julgar o Tema 1.373. A pauta? Definir se o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não recuperável deve integrar a base de cálculo dos créditos de PIS e COFINS no regime não cumulativo. Para muitos empresários, essa é uma questão técnica que esconde uma oportunidade ou um risco financeiro de proporções consideráveis. Caso Concreto: A controvérsia gira em torno de um ponto nevrálgico da tributação: a não cumulatividade. No regime não cumulativo, as empresas podem abater créditos de PIS e COFINS sobre insumos e custos. A questão central é se o IPI pago na aquisição de mercadorias, que por alguma razão não é recuperável (ou seja, não gera crédito de IPI para a empresa), pode ser considerado parte do "custo de aquisição" para fins de cálculo dos créditos de PIS e COFINS. Os contribuintes, em sua defesa, argumentam que a exclusão desse IPI da base de cálculo dos créditos de PIS e COFINS viola a própria essência da não cumulatividade dessas contribuições. Para eles, o IPI, mesmo que não recuperável, compõe o custo do produto e, portanto, deveria gerar crédito. Além disso, questionam a legalidade da Instrução Normativa nº 2.121/2022 da Receita Federal, que expressamente exclui o IPI não recuperável dessa base, alegando que uma instrução normativa não possui força de lei para restringir direitos creditórios. Por outro lado, o Fisco, através da mencionada Instrução Normativa, defende a exclusão, sustentando que a legislação vigente não prevê a inclusão do IPI não recuperável na base de cálculo dos créditos de PIS e COFINS. Conexão com a Realidade: Essa discussão não é meramente acadêmica; ela tem um peso real no balanço de milhares de empresas. Setores que lidam com produtos industrializados, onde o IPI é um componente significativo do custo de aquisição e que operam no regime não cumulativo de PIS/COFINS, estão diretamente impactados. Uma decisão favorável aos contribuintes pode significar uma injeção de capital via créditos fiscais, enquanto uma decisão desfavorável pode consolidar uma prática que onera o custo das operações. A decisão do STJ, que será proferida sob o rito dos recursos repetitivos (Recursos Especiais nºs 2.198.235/CE e 2.191.364/RS), terá efeito vinculante, ou seja, servirá de baliza para todos os tribunais e instâncias administrativas do país. O Que Muda na Prática? Potencial de Recuperação de Créditos: Se o STJ decidir a favor dos contribuintes, sua empresa poderá ter direito a créditos de PIS/COFINS sobre o IPI não recuperável pago em aquisições passadas e futuras, representando um alívio significativo na carga tributária. Otimização da Carga Tributária: A inclusão do IPI não recuperável na base de cálculo dos créditos pode otimizar o planejamento tributário, permitindo uma gestão mais eficiente dos custos e maior competitividade no mercado. Necessidade de Revisão de Processos: Independentemente do resultado, será crucial revisar os procedimentos internos de apuração de PIS/COFINS e, se for o caso, iniciar um processo de recuperação de créditos ou ajustar as práticas para evitar autuações futuras. Impacto da Falta de Assessoria: Ignorar o desdobramento desse julgamento é como navegar em águas turbulentas sem bússola. A falta de assessoria especializada pode levar a: Perda de Oportunidades: Deixar de aproveitar créditos legítimos que poderiam ser recuperados, impactando diretamente a lucratividade da empresa. Riscos de Autuação: Manter práticas fiscais desalinhadas com a decisão final do STJ, expondo a empresa a multas e passivos tributários. Desvantagem Competitiva: Operar com uma carga tributária maior do que a necessária, perdendo terreno para concorrentes mais bem informados e assessorados. Modulação de Efeitos: O STJ pode modular os efeitos da decisão, limitando o período de recuperação de créditos. Quem não agir preventivamente, pode perder o "timing" e o direito a valores significativos. Conclusão: O julgamento do Tema 1.373 pelo STJ é mais do que um debate jurídico; é um ponto de virada para a estratégia fiscal de muitas empresas. Acompanhar de perto e, mais importante, agir proativamente com o suporte de uma assessoria jurídica e tributária especializada é fundamental. Não se trata apenas de cumprir a lei, mas de otimizar resultados e construir um império digital com alma, onde cada centavo importa. Não espere a decisão para entender o impacto. Antecipe-se, planeje-se e proteja o futuro financeiro da sua empresa. 👉 Entre em contato conosco hoje mesmo para uma análise personalizada e garanta que sua empresa esteja preparada para qualquer cenário. 📲 Fale agora com nossa equipe e saiba como proteger sua marca e sua empresa. 👉 Siga @bonaniadvogados e @rafaeljmbonani para mais atualizações sobre este e outros casos relevantes. Para mais informações siga nossas Páginas informativas.
Por Felipe Bonani 6 de outubro de 2025
Decisão do STF pode significar uma economia gigantesca para sua empresa.
Show More