Termos de Uso o que são e para que servem

Rafael Bonani • 8 de outubro de 2020

Eles estão presentes em aplicativos, softwares e websites, mas poucos sabem ainda sobre sua real funcionalidade. Afinal, o que são e para que servem os termos de uso?


Esses textos, usualmente negligenciados, têm uma função primordial: estabelecer normas de utilização da plataforma pelo usuário/cliente e delinear os limites da responsabilidade do proprietário do website ou aplicativo.


Como se vê, esse documento costumeiramente visto como um aborrecimento, do qual rapidamente se foge com um clique em “aceito”, é, na realidade, do interesse de quem quer que se coloque frente a quaisquer dos lados da tela.


Para o cliente ou usuário, eles servem como meio de informá-lo das regras de utilização da plataforma; para o dono do website ou da aplicação, servem para limitar sua responsabilidade, habitualmente ampla, em termos legais.


O cumprimento dessas funções dos termos de uso, entretanto, exige uma redação pontual, atualizada e ajustada às particularidades de cada plataforma. Nesse sentido, duas empresas que atuem no e-commerce, por exemplo, poderão ter em seus respectivos websites, termos de uso abordando questões distintas uns dos outros, muito embora sua atuação se dê no mesmo ramo de atividades.


Em que pese essa especificidade e distintividade do termos,se destacam alguns elementos comuns a todos eles, dentre os quais, são os principais:


a) Descrição da atividade desenvolvida


Qual a finalidade da plataforma ou do website? Qual é o produto/serviço oferecido? De que forma ele é oferecido?


A resposta a esses questionamentos formula o escopo descritivo do que está sendo oferecido ao usuário/cliente, dando a ele completa ciência daquilo com o qual está interagindo.


b) Declaração de direitos autorais e propriedade industrial


Nesse aspecto, é imprescindível pontuar claramente a quem pertencem os direitos autorais e a propriedade industrial de cada um dos elementos auditivos, visuais, textuais, funcionais e afins, bem como os produtos ou serviços, com os quais o usuário/cliente interagirá.


Ele deverá ser cientificado da proteção legal da qual cada um desses elementos goza, das regras para sua utilização e reprodução e as possíveis implicações legais no caso de inobservância dessas normas.


c) Delimitação das obrigações e responsabilidades


Cada interação do usuário na plataforma gera obrigações e responsabilidades tanto para ele quanto para a empresa em si e, por isso, deverão ser minuciosamente delimitadas aqui.


Advertência: é fundamental que essas obrigações e responsabilidades estejam estritamente alinhadas com a legislação. A divergência nesse aspecto poderá ensejar nulidade dos termos e responsabilização da empresa. 


d) Direcionamento à Política de Privacidade


A Política de Privacidade visa esclarecer como será realizado o tratamento dos dados fornecidos pelo usuário quando na sua interação com a plataforma. Ela é legalmente indispensável e não pode ser dissociada dos termos de uso.


Desse modo, a redação desses termos deverá conter o direcionamento do usuário à página na qual ele poderá ler e aceitar, também, a Política de Privacidade.


e) Glossário


Textos que tratam de tecnologia e de serviços e produtos de aplicações e websites, normalmente, envolvem termos técnicos de difícil compreensão para a maior parte da população.


Os termos de uso são acessíveis a todos e devem ser, portanto, de fácil entendimento. Dessa forma, a criação de um glossário que proporcione essa facilitação no compreendimento do usuário, é medida necessária de ser adotada.


Esses são alguns elementos gerais, dos tantos específicos, que compõem os Termos de Uso.


Para sua formulação, modelos podem ser encontrados na internet, assim como termos prontos de outros websites e aplicações. É necessário, contudo, ter sempre em mente que sua redação deverá estar em sintonia com a legislação vigente e ser específica para os serviços/produtos oferecidos.


Na elaboração dos seus termos de uso, portanto, procure sempre um advogado especializado para lhe auxiliar.


Este material foi elaborado para fins de informação e debate e não deve ser considerada uma opinião legal para qualquer operação ou negócio específico.

Por Felipe Bonani 28 de julho de 2025
Impulsionando o Crescimento
Por Felipe Bonani 25 de julho de 2025
Lições sobre Marcas, Patentes e Contratos Bem Elaborados
Por Felipe Bonani 23 de julho de 2025
Expressões como “Amo muito tudo isso” ou “Todo mundo usa” não são apenas frases de impacto.
Por Felipe Bonani 21 de julho de 2025
O Pulo do Gato Com a explosão da IA generativa e o uso massivo de dados para treinar modelos, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) emerge como uma bússola moral e estratégica. Em um cenário onde dados são o novo petróleo , garantir a conformidade com a LGPD não é apenas uma obrigação legal, mas também um diferencial competitivo. Se você utiliza ferramentas como N8N e Flowise para automações ou estratégias de neurovendas , a pergunta que não pode ser ignorada é: Como garantir que os dados usados respeitem a privacidade e os direitos dos titulares? Os Grandes Desafios Anonimização e Pseudonimização Anonimização : Transformar dados pessoais de forma irreversível, garantindo que o titular não possa ser identificado. Dados anonimizados estão fora do escopo da LGPD, mas o processo deve ser robusto para evitar reidentificação. Pseudonimização : Substituir identificadores diretos por pseudônimos, reduzindo riscos, mas mantendo a possibilidade de reidentificação. Aqui, a LGPD ainda se aplica, exigindo cuidados extras. Desafio: A capacidade crescente da IA de reidentificar dados pseudonimizados exige novas práticas de proteção e governança . 2. Consentimento para Uso de Dados em Machine Learning A LGPD exige que o consentimento seja explícito, informado e específico . Isso significa que os titulares devem saber exatamente como seus dados serão usados, especialmente em projetos de Machine Learning . Minimização de dados : Coletar apenas o estritamente necessário para a finalidade declarada. Solução prática: Implementar mecanismos dinâmicos de consentimento , permitindo que os titulares atualizem suas preferências em tempo real. 3. Responsabilidade sobre Decisões Automatizadas Decisões tomadas exclusivamente por algoritmos que impactam indivíduos (ex.: concessão de crédito, precificação dinâmica) devem ser explicáveis e revisáveis . A LGPD garante o direito à revisão humana e à explicação dos critérios utilizados. Ação necessária: Adotar modelos de Explainable AI (XAI) e realizar auditorias regulares para identificar vieses ou falhas. 4. Legal Design e Ética da IA O legal design integra a privacidade desde a concepção dos projetos (Privacy by Design). Isso significa que a proteção de dados deve ser considerada em todas as fases do ciclo de vida do sistema. A ética da IA busca evitar discriminações, garantir transparência e respeitar os direitos dos titulares. Dica: Transparência no uso de algoritmos e justiça algorítmica são pilares de uma estratégia ética. Visão de Dono: Transformando Conformidade em Vantagem Competitiva Empresas que dominam a governança de dados em IA não apenas evitam multas e danos à reputação, mas também constroem uma confiança inabalável com seus clientes. Por quê? A transparência no uso de dados fortalece a relação com o consumidor. A conformidade com a LGPD reduz riscos operacionais e jurídicos. A confiança gerada pela proteção de dados se traduz em fidelidade e diferenciação no mercado . O Que Fazer na Prática? 1 - Automatize a Governança de Dados Use ferramentas de IA para monitorar acesso, classificar dados e atender solicitações de titulares. Implemente frameworks de segurança baseados em IA. 2 - Eduque sua Equipe Treine colaboradores sobre os princípios da LGPD e boas práticas de proteção de dados. 3 - Invista em Transparência Garanta que os titulares entendam como seus dados são usados e quais benefícios eles recebem em troca. 4 - Audite e Melhore Realize auditorias regulares para identificar vulnerabilidades e corrigir falhas.  Conclusão A LGPD não é um obstáculo, mas uma oportunidade de inovar com ética e construir um futuro digital mais seguro e confiável. Empresas que adotam a conformidade como um pilar estratégico não apenas sobrevivem, mas prosperam na era da IA . Quer transformar a LGPD em uma vantagem competitiva? Agende uma consultoria e descubra como alinhar inovação e privacidade para escalar com inteligência. 🚀 📲 Fale agora mesmo com um advogado especialista e proteja o que você levou anos para construir. 👉 Siga @bonaniadvogados e @rafaeljmbonani para mais atualizações sobre este e outros casos relevantes. Para mais informações siga nossas Páginas informativas.
Por Felipe Bonani 17 de julho de 2025
1. Redução de Impostos na Sucessão 💰 A constituição de uma holding familiar é uma estratégia poderosa para reduzir a carga tributária na transmissão de bens. Ao invés de transferir diretamente os bens, eles são integralizados na holding e convertidos em cotas societárias , que podem ser doadas aos herdeiros. Isso traz vantagens como: Menor incidência do ITCMD : O imposto é calculado sobre o valor das cotas, que geralmente é inferior ao valor venal dos bens. Planejamento tributário gradual : As doações podem ser feitas aos poucos, diluindo o impacto financeiro. Economia com avaliações patrimoniais : Evita custos adicionais com processos de inventário e cartórios. 2. Organização da Partilha entre Herdeiros 🤝 Uma das maiores causas de conflitos familiares em sucessões é a divisão direta dos bens. Com a holding, isso é evitado, pois: Os bens são transformados em cotas da empresa , e não divididos fisicamente. É possível criar regras claras no contrato social, como classes de cotas com direitos específicos. A unidade patrimonial é mantida, garantindo equilíbrio e harmonia entre os herdeiros. 3. Continuidade na Gestão 🔄 Além de organizar a sucessão, a holding familiar assegura a continuidade dos negócios e do patrimônio . Isso é feito por meio de: Governança corporativa : Definição de quem administra, quem decide e como os lucros serão distribuídos. Preservação do legado familiar : Garante que os valores e objetivos da família sejam respeitados. Transição planejada : Evita desgastes e disputas entre os herdeiros, assegurando uma gestão profissional e estruturada. O que isso significa na prática? Menos impostos, mais patrimônio preservado : A holding reduz custos e protege os bens. Harmonia familiar : Regras claras evitam conflitos e garantem uma sucessão tranquila. Negócios fortalecidos : A continuidade na gestão mantém o crescimento e a estabilidade do patrimônio. Se você quer proteger seu patrimônio e garantir uma sucessão tranquila, a hora de planejar é agora . Entre em contato para saber como implementar uma holding familiar e transformar o futuro da sua família! 🚀 👉 Agende uma consultoria agora mesmo! 📲 Fale agora mesmo com um advogado especialista e proteja o que você levou anos para construir. 👉 Siga @bonaniadvogados e @rafaeljmbonani para mais atualizações sobre este e outros casos relevantes. Para mais informações siga nossas Páginas informativas.
Por Felipe Bonani 15 de julho de 2025
Cláusulas abusivas podem levar à busca e apreensão de veículos, máquinas e propriedades.
Por Felipe Bonani 9 de julho de 2025
A Inteligência Artificial Generativa (IAG) está revolucionando mercados, transformando a forma como criamos conteúdo, automatizamos processos e até tomamos decisões.
Por Felipe Bonani 7 de julho de 2025
Sem Vesting, sua startup pode estar em risco.
Por Felipe Bonani 4 de julho de 2025
Como a Assessoria Jurídica Protege seu E-commerce de Riscos e Multas
Por Felipe Bonani 30 de junho de 2025
Descubra por que contratos mal feitos se tornam bombas-relógio — e como evitar isso agora.
Show More