Microsoft e Sindicatos dos EUA Fecham Acordo Sobre Futuro da IA

Felipe Bonani • 19 de dezembro de 2023

Gigante do software dos Estados Unidos reforça neutralidade para trabalhadores buscarem os sindicatos

As tecnologias disruptivas têm impactado os mais diversos segmentos e atividades econômico-sociais e, evidentemente, não seria diferente com o mercado de capitais. Não é de hoje que a automação permeia as operações em bolsa de valores – pelo contrário, já faz tempo que grande parte do mercado apenas imagina o que eram os pregões em viva-voz nas antigas bolsas Bovespa e BM&F. Nesse cenário de convívio com as tecnologias, o mercado de capitais recebe uma nova alternativa: os chamados “robôs de investimento”.

 

Embora popularmente conhecidos dessa forma, os robôs de investimento são, na realidade, serviços de inteligência artificial oferecidos a investidores por instituições financeiras.

 

Trata-se de sistemas automatizados baseados em algoritmos e programados para tomar decisões de investimento a partir de um conjunto de informações. Por exemplo, o perfil do investidor, dados de determinado ativo, notícias que possam influenciar sua cotação e histórico de negociações (machine learning). A regular utilização da inteligência artificial para este fim está sujeita à obtenção do registro apropriado na CVM, que pode variar a depender da atividade automatizada desempenhada. Considerando essa diferença, os robôs são divididos em dois grandes gêneros: os robo-advisors e os robo-traders.

 

Robo-advisors Os robo-advisors são aqueles que baseiam suas decisões no perfil do investidor.

 

Eles podem ser subdivididos em robôs consultores, que apenas recomendam investimentos a serem feitos pelo próprio investidor, e os robôs de gestão, que realizam os investimentos automaticamente.

 

A utilização dos robo-advisors visa a aumentar a eficiência das negociações em bolsa, otimizando a exploração dos investimentos por meio de análises rápidas que minimizam os efeitos humanos (como erros e vieses, por exemplo), devendo respeitar as regras relacionadas à adequação do análise do perfil do investidor, também conhecido como suitability.

 

Robo-traders

Já os robo-traders são aqueles que baseiam suas decisões em padrões de preço pré-fixados pelo investidor e efetuam operações sem a intervenção humana.

 

Eles costumam ser empregados para implementar a técnica de negociação conhecida por High Frequency Trading (HFT), que consiste na negociação de um alto volume financeiro com o fim de executar, dentro de frações de segundos, várias transações e lucrar com as flutuações das cotações dos ativos.

 

Embora a prática do HFT não seja, por si só, prejudicial, ela pode se chocar com dois importantes alicerces do mercado de capitais: transparência e equidade.

 

Isso porque a velocidade das negociações somada à possibilidade de cancelar ordens pode criar uma percepção de oferta e demanda artificiais, intervindo indevidamente na formação de preços dos ativos e induzindo o investidor a erro.

 

Nesse cenário, o HFT pode criar condições para o cometimento do ilícito de manipulação de preços no mercado de capitais, especialmente nas modalidades spoofing e layering.

 

Vedados pelo art. 2º, II, “b” da Resolução CVM nº 62/2022, o spoofing e o layering são expressões que designam o envio de ordens sem a intenção de executá-las, criando uma aparência de liquidez sobre determinado ativo financeiro.

 

Nessa perspectiva, há o envio de ofertas tanto no sentido de compra quanto no sentido de venda, sendo apenas uma delas desejada. A outra é meramente fictícia.

 

A falsa oferta cria uma pressão sob esse polo do livro, induzindo que os demais investidores modifiquem suas ordens para acompanhar a negociação. E, após atingir o valor da oferta realmente desejada, as artificiais são canceladas. A despeito das características comuns, o spoofing e o layering não se confundem: o primeiro se caracteriza pela inserção de uma única oferta fictícia em lote expressivo; o segundo, pela inserção de sucessivas ofertas artificiais de pequenos lotes.

 

Não é de hoje que a inteligência artificial é amplamente utilizada no mercado de capitais, e a tendência é que esse uso seja cada vez mais explorado de forma criativa. Portanto, a utilização da inteligência artificial às negociações em bolsa representa um desafio regulatório já tem tempo – talvez tão perene quanto à criatividade e a possibilidade de inovação no mercado de capitais.


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O Pulo do Gato Com a explosão da IA generativa e o uso massivo de dados para treinar modelos, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) emerge como uma bússola moral e estratégica. Em um cenário onde dados são o novo petróleo , garantir a conformidade com a LGPD não é apenas uma obrigação legal, mas também um diferencial competitivo. Se você utiliza ferramentas como N8N e Flowise para automações ou estratégias de neurovendas , a pergunta que não pode ser ignorada é: Como garantir que os dados usados respeitem a privacidade e os direitos dos titulares? Os Grandes Desafios Anonimização e Pseudonimização Anonimização : Transformar dados pessoais de forma irreversível, garantindo que o titular não possa ser identificado. Dados anonimizados estão fora do escopo da LGPD, mas o processo deve ser robusto para evitar reidentificação. Pseudonimização : Substituir identificadores diretos por pseudônimos, reduzindo riscos, mas mantendo a possibilidade de reidentificação. Aqui, a LGPD ainda se aplica, exigindo cuidados extras. Desafio: A capacidade crescente da IA de reidentificar dados pseudonimizados exige novas práticas de proteção e governança . 2. Consentimento para Uso de Dados em Machine Learning A LGPD exige que o consentimento seja explícito, informado e específico . Isso significa que os titulares devem saber exatamente como seus dados serão usados, especialmente em projetos de Machine Learning . Minimização de dados : Coletar apenas o estritamente necessário para a finalidade declarada. Solução prática: Implementar mecanismos dinâmicos de consentimento , permitindo que os titulares atualizem suas preferências em tempo real. 3. Responsabilidade sobre Decisões Automatizadas Decisões tomadas exclusivamente por algoritmos que impactam indivíduos (ex.: concessão de crédito, precificação dinâmica) devem ser explicáveis e revisáveis . A LGPD garante o direito à revisão humana e à explicação dos critérios utilizados. Ação necessária: Adotar modelos de Explainable AI (XAI) e realizar auditorias regulares para identificar vieses ou falhas. 4. Legal Design e Ética da IA O legal design integra a privacidade desde a concepção dos projetos (Privacy by Design). Isso significa que a proteção de dados deve ser considerada em todas as fases do ciclo de vida do sistema. A ética da IA busca evitar discriminações, garantir transparência e respeitar os direitos dos titulares. Dica: Transparência no uso de algoritmos e justiça algorítmica são pilares de uma estratégia ética. Visão de Dono: Transformando Conformidade em Vantagem Competitiva Empresas que dominam a governança de dados em IA não apenas evitam multas e danos à reputação, mas também constroem uma confiança inabalável com seus clientes. Por quê? A transparência no uso de dados fortalece a relação com o consumidor. A conformidade com a LGPD reduz riscos operacionais e jurídicos. A confiança gerada pela proteção de dados se traduz em fidelidade e diferenciação no mercado . O Que Fazer na Prática? 1 - Automatize a Governança de Dados Use ferramentas de IA para monitorar acesso, classificar dados e atender solicitações de titulares. Implemente frameworks de segurança baseados em IA. 2 - Eduque sua Equipe Treine colaboradores sobre os princípios da LGPD e boas práticas de proteção de dados. 3 - Invista em Transparência Garanta que os titulares entendam como seus dados são usados e quais benefícios eles recebem em troca. 4 - Audite e Melhore Realize auditorias regulares para identificar vulnerabilidades e corrigir falhas.  Conclusão A LGPD não é um obstáculo, mas uma oportunidade de inovar com ética e construir um futuro digital mais seguro e confiável. Empresas que adotam a conformidade como um pilar estratégico não apenas sobrevivem, mas prosperam na era da IA . Quer transformar a LGPD em uma vantagem competitiva? Agende uma consultoria e descubra como alinhar inovação e privacidade para escalar com inteligência. 🚀 📲 Fale agora mesmo com um advogado especialista e proteja o que você levou anos para construir. 👉 Siga @bonaniadvogados e @rafaeljmbonani para mais atualizações sobre este e outros casos relevantes. Para mais informações siga nossas Páginas informativas.
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1. Redução de Impostos na Sucessão 💰 A constituição de uma holding familiar é uma estratégia poderosa para reduzir a carga tributária na transmissão de bens. Ao invés de transferir diretamente os bens, eles são integralizados na holding e convertidos em cotas societárias , que podem ser doadas aos herdeiros. Isso traz vantagens como: Menor incidência do ITCMD : O imposto é calculado sobre o valor das cotas, que geralmente é inferior ao valor venal dos bens. Planejamento tributário gradual : As doações podem ser feitas aos poucos, diluindo o impacto financeiro. Economia com avaliações patrimoniais : Evita custos adicionais com processos de inventário e cartórios. 2. Organização da Partilha entre Herdeiros 🤝 Uma das maiores causas de conflitos familiares em sucessões é a divisão direta dos bens. Com a holding, isso é evitado, pois: Os bens são transformados em cotas da empresa , e não divididos fisicamente. É possível criar regras claras no contrato social, como classes de cotas com direitos específicos. A unidade patrimonial é mantida, garantindo equilíbrio e harmonia entre os herdeiros. 3. Continuidade na Gestão 🔄 Além de organizar a sucessão, a holding familiar assegura a continuidade dos negócios e do patrimônio . Isso é feito por meio de: Governança corporativa : Definição de quem administra, quem decide e como os lucros serão distribuídos. Preservação do legado familiar : Garante que os valores e objetivos da família sejam respeitados. Transição planejada : Evita desgastes e disputas entre os herdeiros, assegurando uma gestão profissional e estruturada. O que isso significa na prática? Menos impostos, mais patrimônio preservado : A holding reduz custos e protege os bens. Harmonia familiar : Regras claras evitam conflitos e garantem uma sucessão tranquila. Negócios fortalecidos : A continuidade na gestão mantém o crescimento e a estabilidade do patrimônio. Se você quer proteger seu patrimônio e garantir uma sucessão tranquila, a hora de planejar é agora . Entre em contato para saber como implementar uma holding familiar e transformar o futuro da sua família! 🚀 👉 Agende uma consultoria agora mesmo! 📲 Fale agora mesmo com um advogado especialista e proteja o que você levou anos para construir. 👉 Siga @bonaniadvogados e @rafaeljmbonani para mais atualizações sobre este e outros casos relevantes. Para mais informações siga nossas Páginas informativas.
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