A importância das empresas pensarem em estratégias além da adaptação fiscal

Rafael Bonani • 23 de setembro de 2024

Reforma Tributária estimula antecipação e preparação das empresas para o processo de avaliação dos impactos tributários

Com a reforma tributária em andamento, empresas de todos os segmentos precisam se antecipar e estar se preparando, ou, no melhor cenário, já estão trabalhando ativamente na avaliação dos impactos da reforma nas áreas fiscais, financeiras, logísticas e operacionais.


Com a proposta de simplificar e modernizar o sistema tributário do país, as mudanças previstas afetarão de maneira ampla diversas áreas dentro das organizações, exigindo uma adaptação que vai além da mera conformidade fiscal.


Nesse contexto, é fundamental garantir que as empresas estejam alinhadas e prontas para se antecipar aos desafios, enfrentando a extinção de benefícios e os efeitos nos preços, mas também preparadas para aproveitar as oportunidades de melhoria e otimização que a reforma pode trazer.


Por isso, ações estratégicas como simulações de cenários diversos durante o período de transição, investimento em tecnologias flexíveis e adaptáveis aos regimes tributários, e a reavaliação dos processos operacionais, serão vitais para uma transição bem-sucedida.


Vale destacar que a reforma não é um desafio exclusivo da área fiscal. Como seus efeitos se espalham por várias divisões da empresa, é necessário o envolvimento direto da alta gestão em todos os aspectos. Isso porque as mudanças podem exigir uma reavaliação completa do portfólio de produtos e serviços, análise estratégica da concorrência, ajustes de preços, e até novas negociações com fornecedores e parceiros.


Além disso, a redefinição da logística e a reestruturação dos processos operacionais serão essenciais para manter a eficiência e a competitividade em um cenário fiscal completamente reformulado.


Dessa forma, a preparação deve ser abrangente, desde o planejamento estratégico até a execução em diferentes áreas da empresa. A seguir, compartilho seis ações essenciais para qualquer organização.


1.       Análise da nova carga tributária

O primeiro passo do Plano de Adequação é entender o impacto da reforma sobre a carga tributária atual da empresa. Isso inclui uma estimativa detalhada da tributação antes e após o novo sistema tributário, considerando as novas metodologias de cálculo, base de cálculo e as possibilidades de crédito fiscal.

2.       Revisão da malha logística e tributária

A segunda etapa envolve a revisão da malha logística e fiscal da empresa. A reforma pode alterar significativamente os custos relacionados ao transporte, bem como as estratégias de produção e distribuição.

3.       Incentivos fiscais

A reforma tributária traz o risco substancial de perda de incentivos fiscais que atualmente beneficiam muitas empresas. Nesta fase, é crucial avaliar essas perdas e identificar oportunidades para maximizar os incentivos até 2032.

4.       Saldos credores

O acúmulo de saldos credores será outro ponto crítico durante a transição. Esta fase busca identificar as causas do acúmulo de créditos e definir estratégias para mitigar esses valores.

5.       Sistemas e processos

A quinta etapa do Plano de Adequação envolve uma análise detalhada dos sistemas e processos fiscais da empresa. A reforma exigirá a revisão dos sistemas ERP e outras soluções fiscais.

6.       Obrigações acessórias e transição

A última fase se concentra nas obrigações acessórias e no planejamento da transição para o novo regime fiscal, o que inclui a análise das novas regras para o cumprimento dessas obrigações.


A reforma tributária, portanto, representa um momento de profundas transformações, mas também de grandes oportunidades. As empresas que adotarem desde já uma visão abrangente e proativa das mudanças, com a participação ativa de suas lideranças, estarão à frente nesse processo de transição.


Antecipar desafios, ajustar processos e capitalizar oportunidades serão componentes cruciais para o sucesso em um cenário fiscal reformulado, onde a competitividade e a eficiência serão mais que diferenciais, mas condições essenciais nos próximos anos.


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Créditos: Thais Borges


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