SEU HOME OFFICE PODE CUSTAR SEU EMPREGO!

Felipe Bonani • 12 de setembro de 2025

 O Que as Demissões do Itaú Revelam Sobre o Futuro do Trabalho Remoto e a Vigilância Digital

O trabalho remoto, catapultado pela pandemia, parecia ter chegado para ficar. A flexibilidade virou mantra, e a produtividade, uma promessa. Mas a recente onda de demissões no Itaú, envolvendo cerca de mil funcionários em regime de home office, acende um sinal de alerta. O que realmente está em jogo quando a produtividade é medida por cliques e abas abertas? E o que isso significa para o futuro do trabalho no Brasil?

 

 

Caso Concreto:

 

 

O Itaú Unibanco, um dos maiores bancos do país, anunciou o desligamento de aproximadamente mil colaboradores. A justificativa oficial? Baixa produtividade no regime de trabalho remoto e híbrido, identificada após uma "revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada". Segundo apurações, o monitoramento incluía desde a memória do computador em uso até a quantidade de cliques e a abertura de abas.

 

 

A reação não tardou. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região questionou veementemente a falta de transparência e a ausência de feedback prévio aos funcionários. A presidente do sindicato, Neiva Ribeiro, alertou para os riscos da vigilância digital excessiva, que pode gerar pressão indevida e afetar seriamente a saúde mental dos trabalhadores. A pergunta que ecoa é: se havia problemas de produtividade, por que não houve advertências ou planos de melhoria antes das demissões em massa?

 

 

Conexão com a Realidade:

 

 

Este episódio não é um caso isolado de um gigante corporativo; é um espelho para todas as empresas e profissionais que abraçaram o home office. Fernando De Vincenzo, da consultoria Cornerstone Career Services, descreve o momento como uma transição. O modelo de trabalho remoto ainda é imaturo, exigindo das empresas novas formas de gestão e acompanhamento de produtividade, e dos profissionais, maior autonomia e responsabilidade.

 

 

Há uma clara tensão: enquanto uma pesquisa da Cornerstone aponta um movimento de retorno ao trabalho presencial, superando o híbrido e o remoto em popularidade, estudos como o Relatório de Tendências de Gestão de Pessoas do GPTW mostram que a flexibilidade é um trunfo na atração de talentos. Empresas com modelos 100% presenciais enfrentam mais dificuldades para preencher vagas (68%) do que as híbridas (53%) ou totalmente remotas (38%). A questão é: como conciliar a busca por produtividade com a valorização da flexibilidade, sem cair na armadilha da vigilância invasiva?

 

 

O Que Muda na Prática?

 

 

  1. Clareza é Ouro: Empresas que definem políticas claras e transparentes para o home office, focando em resultados e não em micro-monitoramento, constroem confiança e evitam litígios trabalhistas.
  2. Produtividade com Propósito: A avaliação de desempenho deve ser baseada em entregas e metas, não em métricas superficiais de atividade. Isso fomenta o protagonismo do colaborador e a produtividade sustentável.
  3. Vantagem Competitiva: Um modelo de trabalho flexível, bem estruturado e juridicamente seguro, torna-se um diferencial poderoso na atração e retenção dos melhores talentos, reduzindo custos e tempo de contratação.

 

 

Impacto da Falta de Assessoria:

 

 

Ignorar os aprendizados do caso Itaú é um convite ao desastre. Sem uma assessoria jurídica e estratégica especializada, sua empresa pode enfrentar:

 

 

  • Processos Trabalhistas: Demissões sem justa causa clara, assédio moral por vigilância excessiva e violação de privacidade são riscos reais e caros.
  • Perda de Talentos: Um ambiente de desconfiança e monitoramento invasivo afasta os melhores profissionais, que buscam flexibilidade e respeito.
  • Danos à Reputação: Casos como o do Itaú geram repercussão negativa, manchando a imagem da empresa e dificultando futuras contratações.
  • Baixa Produtividade Real: O medo do monitoramento pode gerar "presenteísmo digital", onde o funcionário simula atividade sem produzir valor real.

 

 

Conclusão:

 

 

O home office não é uma moda passageira, mas sua implementação exige maturidade e inteligência. O caso Itaú é um lembrete contundente de que a linha entre controle e invasão é tênue, e as consequências de cruzá-la são severas. É preciso um equilíbrio entre a busca por resultados e o respeito à dignidade e privacidade do trabalhador.

 

Não deixe sua empresa à mercê das incertezas do trabalho remoto. Nossos especialistas em direito trabalhista e gestão de pessoas estão prontos para desenhar uma estratégia que protege seu negócio, valoriza sua equipe e garante um home office produtivo e juridicamente blindado.


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A questão central é se o IPI pago na aquisição de mercadorias, que por alguma razão não é recuperável (ou seja, não gera crédito de IPI para a empresa), pode ser considerado parte do "custo de aquisição" para fins de cálculo dos créditos de PIS e COFINS. Os contribuintes, em sua defesa, argumentam que a exclusão desse IPI da base de cálculo dos créditos de PIS e COFINS viola a própria essência da não cumulatividade dessas contribuições. Para eles, o IPI, mesmo que não recuperável, compõe o custo do produto e, portanto, deveria gerar crédito. Além disso, questionam a legalidade da Instrução Normativa nº 2.121/2022 da Receita Federal, que expressamente exclui o IPI não recuperável dessa base, alegando que uma instrução normativa não possui força de lei para restringir direitos creditórios. Por outro lado, o Fisco, através da mencionada Instrução Normativa, defende a exclusão, sustentando que a legislação vigente não prevê a inclusão do IPI não recuperável na base de cálculo dos créditos de PIS e COFINS. Conexão com a Realidade: Essa discussão não é meramente acadêmica; ela tem um peso real no balanço de milhares de empresas. Setores que lidam com produtos industrializados, onde o IPI é um componente significativo do custo de aquisição e que operam no regime não cumulativo de PIS/COFINS, estão diretamente impactados. Uma decisão favorável aos contribuintes pode significar uma injeção de capital via créditos fiscais, enquanto uma decisão desfavorável pode consolidar uma prática que onera o custo das operações. A decisão do STJ, que será proferida sob o rito dos recursos repetitivos (Recursos Especiais nºs 2.198.235/CE e 2.191.364/RS), terá efeito vinculante, ou seja, servirá de baliza para todos os tribunais e instâncias administrativas do país. O Que Muda na Prática? Potencial de Recuperação de Créditos: Se o STJ decidir a favor dos contribuintes, sua empresa poderá ter direito a créditos de PIS/COFINS sobre o IPI não recuperável pago em aquisições passadas e futuras, representando um alívio significativo na carga tributária. Otimização da Carga Tributária: A inclusão do IPI não recuperável na base de cálculo dos créditos pode otimizar o planejamento tributário, permitindo uma gestão mais eficiente dos custos e maior competitividade no mercado. Necessidade de Revisão de Processos: Independentemente do resultado, será crucial revisar os procedimentos internos de apuração de PIS/COFINS e, se for o caso, iniciar um processo de recuperação de créditos ou ajustar as práticas para evitar autuações futuras. Impacto da Falta de Assessoria: Ignorar o desdobramento desse julgamento é como navegar em águas turbulentas sem bússola. A falta de assessoria especializada pode levar a: Perda de Oportunidades: Deixar de aproveitar créditos legítimos que poderiam ser recuperados, impactando diretamente a lucratividade da empresa. Riscos de Autuação: Manter práticas fiscais desalinhadas com a decisão final do STJ, expondo a empresa a multas e passivos tributários. Desvantagem Competitiva: Operar com uma carga tributária maior do que a necessária, perdendo terreno para concorrentes mais bem informados e assessorados. Modulação de Efeitos: O STJ pode modular os efeitos da decisão, limitando o período de recuperação de créditos. Quem não agir preventivamente, pode perder o "timing" e o direito a valores significativos. Conclusão: O julgamento do Tema 1.373 pelo STJ é mais do que um debate jurídico; é um ponto de virada para a estratégia fiscal de muitas empresas. Acompanhar de perto e, mais importante, agir proativamente com o suporte de uma assessoria jurídica e tributária especializada é fundamental. Não se trata apenas de cumprir a lei, mas de otimizar resultados e construir um império digital com alma, onde cada centavo importa. Não espere a decisão para entender o impacto. Antecipe-se, planeje-se e proteja o futuro financeiro da sua empresa. 👉 Entre em contato conosco hoje mesmo para uma análise personalizada e garanta que sua empresa esteja preparada para qualquer cenário. 📲 Fale agora com nossa equipe e saiba como proteger sua marca e sua empresa. 👉 Siga @bonaniadvogados e @rafaeljmbonani para mais atualizações sobre este e outros casos relevantes. Para mais informações siga nossas Páginas informativas.
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