Holding Familiar: O TJ/SP Acende o Alerta Vermelho Contra a Fraude na Herança

Felipe Bonani • 31 de outubro de 2025

Decisão da 4ª Câmara de Direito Privado do TJ/SP expõe risco de fraude à legítima e desvio de finalidade em planejamento sucessório, impactando diretamente seu patrimônio e a sucessão de seus herdeiros.





Holdings familiares são ferramentas poderosas para a organização patrimonial e o planejamento sucessório. Elas prometem eficiência tributária, proteção de bens e uma transição de herança mais suave. Mas será que toda holding é um porto seguro? Uma recente decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) mostra que a linha entre a estratégia inteligente e a fraude pode ser tênue, e as consequências, devastadoras. Prepare-se para entender como um planejamento mal intencionado pode desmoronar, custar caro e, pior, desrespeitar direitos fundamentais.

 

Caso Concreto:


A Holding que Virou Fraude no TJ/SP Imagine um patriarca, já em seus últimos dias, que decide criar uma holding familiar. A intenção, aparentemente, seria organizar seu patrimônio. No entanto, uma de suas filhas foi deliberadamente excluída da sociedade, e com ela, de parte significativa da herança. A herdeira lesada não aceitou a situação e levou o caso à justiça, alegando que a criação da holding foi uma simulação, uma manobra para fraudar a "legítima" – aquela porção da herança que a lei garante, irredutivelmente, aos herdeiros necessários.

 

A 4ª Câmara de Direito Privado do TJ/SP, sob a relatoria do desembargador Ênio Santarelli Zuliani, analisou o caso e foi categórica: a holding foi anulada. O Tribunal reconheceu que, embora holdings sejam instrumentos legítimos, elas não podem ser usadas para burlar a lei e prejudicar herdeiros. A empresa foi criada muito próximo ao falecimento e sem a participação de todos, evidenciando o desvio de finalidade e a intenção de afastar a sucessora. A decisão reforça a importância dos artigos 1.784, 1.846 e 1.847 do Código Civil, que asseguram a transmissão automática da herança e a igualdade entre os herdeiros necessários. Como bem pontuou o desembargador Zuliani, "Não existe cartilha ou manual da construção de estratégias fraudulentas... a intenção de prejudicar direitos é fruto da imaginação fértil animada pela ilicitude".

 

Conexão com a Realidade:


Seu Patrimônio em Jogo Você, que pensa em escala e na perenidade do seu negócio, sabe que a visão de longo prazo é tudo. Um planejamento sucessório é a espinha dorsal da longevidade do seu empreendimento e do seu legado. Mas, como este caso do TJ/SP demonstra, um erro estratégico pode transformar uma solução em um problema gigantesco. Para quem pensa como dono e busca construir impérios digitais com alma, a segurança jurídica não é um detalhe, é um pilar. A integridade do seu planejamento sucessório reflete a solidez da sua visão. Quantas empresas e famílias já não se viram em litígios intermináveis por conta de um planejamento sucessório mal concebido ou, pior, mal intencionado? A dor de cabeça, o desgaste emocional e os custos financeiros podem ser avassaladores.

 

O Que Muda na Prática?

 

  • 1. Blindagem Patrimonial com Integridade: Holdings familiares continuam sendo excelentes ferramentas, mas sua constituição deve ser transparente e respeitar integralmente a legislação, especialmente os direitos dos herdeiros necessários (a "legítima"). Planejar é antecipar, não fraudar.
  • 2. Custos Elevados por Erros Estratégicos: A anulação da holding neste caso não só desfez a manobra, como também gerou uma condenação de 15% sobre o valor da causa em honorários advocatícios, além das custas processuais. Um planejamento equivocado pode sair muito mais caro do que a assessoria preventiva.
  • 3. Paz Familiar e Legado Preservado: Um planejamento sucessório bem estruturado evita conflitos familiares, garante a igualdade entre os herdeiros e assegura que seu legado seja transmitido conforme sua vontade, dentro dos limites da lei, sem surpresas desagradáveis ou disputas judiciais que corroem o patrimônio e as relações.

 

Impacto da Falta de Assessoria: O Preço da Improvisação Sem uma assessoria jurídica especializada e ética, o que parece ser uma "solução criativa" para evitar impostos ou direcionar a herança pode se transformar em um pesadelo. Você corre o risco de ver anos de trabalho e construção patrimonial desfeitos por uma decisão judicial, com bens retornando ao espólio e a família mergulhada em disputas. Além dos custos diretos com processos e honorários, há o custo invisível: o desgaste emocional, a ruptura de laços familiares e a mancha na reputação do seu legado. A improvisação em temas tão sensíveis é um convite ao caos.

 

Conclusão: A decisão do TJ/SP é um lembrete poderoso: a inteligência jurídica deve andar de mãos dadas com a ética e a transparência. Construir impérios digitais com alma significa também garantir que seu patrimônio e sua família estejam protegidos por estratégias sólidas e inquestionáveis. Não deixe seu futuro e o de sua família ao acaso. Um planejamento sucessório bem-feito é um investimento na sua tranquilidade e na perenidade do seu legado. Fale com quem entende do assunto e transforme sua visão em realidade, com segurança e sem surpresas. Seu patrimônio e sua família merecem essa proteção.


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A questão central é se o IPI pago na aquisição de mercadorias, que por alguma razão não é recuperável (ou seja, não gera crédito de IPI para a empresa), pode ser considerado parte do "custo de aquisição" para fins de cálculo dos créditos de PIS e COFINS. Os contribuintes, em sua defesa, argumentam que a exclusão desse IPI da base de cálculo dos créditos de PIS e COFINS viola a própria essência da não cumulatividade dessas contribuições. Para eles, o IPI, mesmo que não recuperável, compõe o custo do produto e, portanto, deveria gerar crédito. Além disso, questionam a legalidade da Instrução Normativa nº 2.121/2022 da Receita Federal, que expressamente exclui o IPI não recuperável dessa base, alegando que uma instrução normativa não possui força de lei para restringir direitos creditórios. Por outro lado, o Fisco, através da mencionada Instrução Normativa, defende a exclusão, sustentando que a legislação vigente não prevê a inclusão do IPI não recuperável na base de cálculo dos créditos de PIS e COFINS. Conexão com a Realidade: Essa discussão não é meramente acadêmica; ela tem um peso real no balanço de milhares de empresas. Setores que lidam com produtos industrializados, onde o IPI é um componente significativo do custo de aquisição e que operam no regime não cumulativo de PIS/COFINS, estão diretamente impactados. Uma decisão favorável aos contribuintes pode significar uma injeção de capital via créditos fiscais, enquanto uma decisão desfavorável pode consolidar uma prática que onera o custo das operações. A decisão do STJ, que será proferida sob o rito dos recursos repetitivos (Recursos Especiais nºs 2.198.235/CE e 2.191.364/RS), terá efeito vinculante, ou seja, servirá de baliza para todos os tribunais e instâncias administrativas do país. O Que Muda na Prática? Potencial de Recuperação de Créditos: Se o STJ decidir a favor dos contribuintes, sua empresa poderá ter direito a créditos de PIS/COFINS sobre o IPI não recuperável pago em aquisições passadas e futuras, representando um alívio significativo na carga tributária. Otimização da Carga Tributária: A inclusão do IPI não recuperável na base de cálculo dos créditos pode otimizar o planejamento tributário, permitindo uma gestão mais eficiente dos custos e maior competitividade no mercado. Necessidade de Revisão de Processos: Independentemente do resultado, será crucial revisar os procedimentos internos de apuração de PIS/COFINS e, se for o caso, iniciar um processo de recuperação de créditos ou ajustar as práticas para evitar autuações futuras. Impacto da Falta de Assessoria: Ignorar o desdobramento desse julgamento é como navegar em águas turbulentas sem bússola. A falta de assessoria especializada pode levar a: Perda de Oportunidades: Deixar de aproveitar créditos legítimos que poderiam ser recuperados, impactando diretamente a lucratividade da empresa. Riscos de Autuação: Manter práticas fiscais desalinhadas com a decisão final do STJ, expondo a empresa a multas e passivos tributários. Desvantagem Competitiva: Operar com uma carga tributária maior do que a necessária, perdendo terreno para concorrentes mais bem informados e assessorados. Modulação de Efeitos: O STJ pode modular os efeitos da decisão, limitando o período de recuperação de créditos. Quem não agir preventivamente, pode perder o "timing" e o direito a valores significativos. Conclusão: O julgamento do Tema 1.373 pelo STJ é mais do que um debate jurídico; é um ponto de virada para a estratégia fiscal de muitas empresas. Acompanhar de perto e, mais importante, agir proativamente com o suporte de uma assessoria jurídica e tributária especializada é fundamental. Não se trata apenas de cumprir a lei, mas de otimizar resultados e construir um império digital com alma, onde cada centavo importa. Não espere a decisão para entender o impacto. Antecipe-se, planeje-se e proteja o futuro financeiro da sua empresa. 👉 Entre em contato conosco hoje mesmo para uma análise personalizada e garanta que sua empresa esteja preparada para qualquer cenário. 📲 Fale agora com nossa equipe e saiba como proteger sua marca e sua empresa. 👉 Siga @bonaniadvogados e @rafaeljmbonani para mais atualizações sobre este e outros casos relevantes. Para mais informações siga nossas Páginas informativas.
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